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Secretaria Estadual da Saúde

Baixa procura por doses de reforço faz governo estadual investir em nova campanha de vacinação e ações no litoral do RS

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) deve apostar em uma nova campanha de vacinação contra a covid-19 e ações no litoral gaúcho para melhorar a cobertura vacinal no Rio Grande do Sul. As medidas ocorrem em um momento de preocupação com a baixa procura por doses de reforço.

A secretaria estima que 3 milhões de imunizantes precisam ser aplicados como primeiro reforço (ou terceira dose) e outros 2 milhões como segundo reforço (ou quarta dose) na população gaúcha.

As estatísticas estaduais mostram que 7% dos 11,4 milhões de gaúchos nem sequer buscaram a primeira imunização, e outros 5,6% estão com a segunda aplicação atrasada. No Estado, a quarta dose está disponível para indivíduos a partir de 18 anos e vacinados há pelo menos quatro meses, e foi aplicada em 18% do público, segundo dados da SES desta quinta-feira (5). Veja no infográfico a situação da cobertura vacinal no RS:

Marcelo Vallandro, diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), diz que o governo estadual trabalha em uma nova campanha para estimular a vacinação, que será divulgada nos meios digitais do poder público e em veículos de comunicação.

Ele não detalha como será feito o trabalho de conscientização, mas diz que a iniciativa deve começar na próxima semana.

A cobertura vacinal no Estado fica acima dos 80% quando analisada a adesão às duas primeiras doses. No entanto, o indicador cai para 55,2% no caso da procura pela terceira. Segundo Marcelo Comerlato Scotta, infectologista pediátrico do Hospital Moinhos de Vento, dois fatores causam a redução do interesse pelas doses de reforço: um é o enfraquecimento da sensação de medo da população frente ao momento da pandemia, no qual são contabilizadas menos mortes e casos mais leves da doença. O outro está ligado à ideia de que uma pessoa infectada está livre de novas contaminações.

Desde o início de 2022, o governo do Estado segue diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) ao considerar que o esquema vacinal básico prevê três doses, e não apenas duas, como nos primeiros meses da pandemia.

Esse é um entendimento fundamentado em levantamentos que mostram redução no número de mortes e casos graves em populações imunizadas com doses de reforço. O Estado é um exemplo: no ano passado, um estudo feito pela Secretaria Estadual da Saúde indicou que o esquema vacinal completo, com dose de reforço, evitou a morte de 4.722 pessoas em um ano no Rio Grande do Sul.

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