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Em corredor onde passa o lixo, paciente espera 12 horas por leito na Santa Casa

Postagem repercutiu em uma rede social no final da última segunda-feira, 15/7, onde uma mulher está acamada em corredor do Hospital Santa Casa de Uruguaiana, ao de uma lixeira.

A postagem se refere a Dionete Molinos, de 57 anos, e foi feita pelo seu filho, Felipe Gabriel. "Queria que essa imagem chegasse a alguma autoridade competente e que possa me ajudar, minha mãe deu entrada na UPA quinta-feira com fortes dores no abdômen, sendo medicada e mandada para casa. Retornamos no domingo com as mesmas dores. Graças a Deus pegamos um médico bom que fez uma bateria de exames e constatou infecção na vesícula. Sendo assim internada na UPA. Ficou todo dia e a noite de domingo", explicou Felipe Gabriel. "O médico de plantão informou que ela estava aguardando um leito na Santa casa e ainda ressaltou que estava lotado e enquanto não conseguisse um quarto iria manter ela aqui, pois bem... aí nas fotos vocês podem ver o que o médico da UPA que trocou o plantão fez. Minha mãe está no corredor do PS ao lado de uma lixeira", acrescentou. "Sem nenhum medicamento pra dor chegou aqui por volta das 14h de hoje e até agora o médico plantonista não prescreveu um medicamento pra dor", complementa.

De acordo com o Felipe Gabriel, em entrevista a nossa reportagem ontem à tarde, após a publicação, sua mãe conseguiu um quarto na área amarela, onde deve permanecer até se curar de uma infecção.

De acordo com o filho da paciente, ela ficou das 14h do dia 15/7 até as 2h15 do dia 16/7 no corredor do Pronto Socorro e sem medicamentos das 14h até às 22h do 15/7. De acordo com Felipe, os funcionários da Santa Casa passavam por esse local com lixo, que inclusive raspava na maca. "Eu pedi um cobertor para a enfermeira e ela disse que não podia dar por causa da infecção, mas podia ficar em um corredor com lixeira", questionou. "A diretora do hospital, a Thais, veio falar comigo e disse que minha postagem foi exagerada, mas eu disse para ela que só relatei a verdade. Nada mais que isso", finalizou.

Em nota, a Santa Casa disse que:

"Em razão das baixas temperatura, entre outros fatores, o Pronto Socorro tem recebido uma demanda de atendimento superior aos anos anteriores, o que culminou em um número elevado de leitos ocupados, em chegando em alguns momentos a lotação completa. Este foi o cenário nesta ocasião.

Nestes casos, a equipe organiza a estrutura para acomodar os pacientes de forma adequada tanto quanto possível e, em alguns casos, é necessário o uso temporário do corredor interno da Área Amarela, permanecendo o paciente sob vigilância da equipe assistencial. No caso concreto a paciente, vinda da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), estava em uma cama hospitalar apropriada e o espaço estava isolado por um biombo - procedimento adotado nestes casos - enquanto aguarda o resultado de exames laboratoriais e de imagem para fechamento de diagnóstico e início do tratamento adequado.

A presença de uma lixeira no local não causa nenhum risco ao paciente e é requisito estabelecido pela Vigilância Sanitária - tal como ocorre em todos os tipos de aposentos do hospital. Além disso, não há depósito de lixo hospitalar na mesma.

Quanto a conduta adotada pela equipe, o Hospital Santa Casa irá apurar as circunstâncias do atendimento e as ações dos profissionais plantonistas no momento, para então se manifestar, ciente de todos os fatos e ouvidas todas as partes, inclusive paciente e familiares".


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