Lançado em 2016, mas ainda pouco difundido nas escolas e instituições de São Gabriel, o Programa Papo de Responsa é uma proposta da Polícia Civil para estimular o diálogo de assuntos que povoam o universo de crianças e adolescentes, a partir de uma perspectiva policial.

No formato inicial do programa, turmas de estudantes e também professores deveriam receber policiais civis para um bate-papo descontraído, cujo objetivo é formar cidadãos mais conscientes. Mas, em tempos de pandemia, o melhor foi manter o distanciamento seguro e inovar.

Por causa disso, o Papo de Responsa passou a ser virtual - igual às aulas da gurizada do Ensino Fundamental e Médio em todo o Rio Grande do Sul - por causa das medidas de prevenção a Covid-19.

O Programa é uma iniciativa da Polícia Civil gaúcha com elaboração de atividades preventivas, como palestras em instituições públicas e privadas e ações de orientação à população. Atualmente, três servidoras da Delegacia de São Gabriel estão qualificadas para atuarem como multiplicadoras (como são chamados os policiais que participam do Papo), embora outros policiais também já tenham anunciado o interesse em buscar capacitação para ajudar na prevenção. Fazem parte do Programa as policiais Débora de Andrade Berny, Cristiane Seixas Sampaio e Ana Lucia Salvadé dos Santos.

Toda a semana, o Papo de Responsa Virtual disponibiliza um vídeo sobre temas que precisam ser discutidos mesmo durante o isolamento. Em um deles, o tema foi Empatia. A divulgação acontece em parceria com a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave+), da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), que apresenta os vídeos para professores e alunos da rede estadual durante encontros virtuais que ocorrem ao longo do mês. O conteúdo também é publicado no perfil do Papo no Instagram (@papoderesponsarsoficial) e as discussões podem ser acompanhadas, ao vivo, todas as quintas-feiras pelo instagram no endereço @papoderesponsarsoficial.

No primeiro vídeo, que tem pouco mais de três minutos de duração, uma das multiplicadoras explica a diferença entre "empatia" e "simpatia" e a importância de ser empático com as pessoas, ou seja, se colocar no lugar do outro.

No diálogo virtual, as policiais dão orientações, tais como prestar mais atenção aos idosos, principalmente porque eles são grupo de risco à Covid-19, e o momento agora pode mantê-los afastados de suas famílias.

Para a diretora da Divisão de Relações Institucionais (DRI) da Polícia Civil, delegada Viviane Nery Viegas, que coordena o Papo de Responsa, a oportunidade é ímpar para se ganhar um novo campo de atuação no programa: o virtual. "Apesar do momento delicado, explorar um recurso tão íntimo da maioria dos estudantes, como a internet, é uma forma de inovar a abordagem e o diálogo com nosso público", afirma.

EM SÃO GABRIEL

No município, o Programa é ainda pouco conhecido. Algumas escolas já receberam convites para incluir como atividade virtual o diálogo envolvendo alunos e policiais multiplicadores. Uma destas instituições é a Escola Ginásio São Gabriel. O número de alunos que atendeu ao chamado, no entanto, ficou bem abaixo da expectativa.

De acordo com a policial Ana Lúcia Salvadé dos Santos, o Papo de Responsa envolve um diálogo descontraído onde é possível falar sobre prevenção às drogas e todas as consequências advindas do tráfico e consumo.

Também são tratados outros assuntos de interesse do público estudantil, tais como Bullying, violência, o ato infracional e seus desdobramentos.

A atividade virtual (assim como palestras presenciais em ambientes preparados de acordo com as medidas de prevenção a Covid-19) pode ser aplicada em instituições privadas e empresas, conforme o interesse de seus administradores.

Os interessados podem entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 3232.6166. Basta preencher uma ficha para se aderir ao Programa.