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Quem votar não volta

Com o slogan 'Quem votar não volta', CPERS e Frente de Servidores Públicos iniciam mobilizações regionais contra a Reforma Administrativa

Julho foi o marco de uma nova fase na luta contra a Reforma Administrativa do Rio Grande do Sul. Em unidade com as entidades que compõem a Frente de Servidores Públicos (FSP), o CPERS movimentou, em Santa Rosa, debates com a população e pressionou o deputado Osmar Terra (MDB), integrante da Comissão Especial da PEC 32, a votar contra a destruição dos serviços públicos.

Entoando em alto e bom som as frases "Não vai voltar" e "Abaixo, abaixo, abaixo o 32", os trabalhadores promoveram um ato em frente ao escritório político do parlamentar, natural da região. Foi o primeiro movimento da campanha "Quem votar não volta", que pretende fomentar mobilizações locais para aumentar a pressão sobre os deputados gaúchos que têm a caneta nas mãos para rejeitar a Reforma. Atos semelhantes estão sendo realizados pelo Estado. O mais recente aconteceu em Santa Cruz do Sul. A agenda inclui entrevistas e distribuição de materiais informativos a respeito da PEC, que ataca a estabilidade, favorece o apadrinhamento, escancara as portas para a corrupção, extingue carreiras e precariza o atendimento à população.

Para a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, o governo e a grande mídia reproduzem o falso argumento de que a Reforma será uma proposta boa para a sociedade, mas o verdadeiro interesse é privatizar os serviços públicos.

"Vocês têm que lembrar que havia um debate sobre a privatização do SUS, não privatizaram porque veio a pandemia", asseverou a presidente Helenir.

"Nós iremos fazer pressão em cima de todos os parlamentares que são favoráveis à PEC 32. Estamos aqui para dizer ao deputado Osmar Terra que quem votar a favor da Reforma não volta. Temos o compromisso de fazer com que quem vote a favor dessa PEC não se reeleja. Estamos aqui fazendo o apelo para que os deputados ouçam os educadores e valorizem a educação pública. Vamos resistir", finalizou a presidente.

"Esse governo neoliberal destrói o que a Constituição de 88 estabeleceu como princípio fundamental e é um dos pilares para a construção da democracia, que é o bem estar social. Para nós, a Reforma Administrativa é o equivalente à Reforma Trabalhista, de 2017, construída por golpistas como Temer. Onde estão os empregos e as rendas que prometeram?", questionou o vice-presidente do CPERS, Alex Saratt.

Marcelo Carlini, representando a CUT/RS, destacou a importância da unidade na luta.

"Essa Reforma é um problema para todo o Brasil. Estamos nos manifestando ao lado de uma unidade básica de saúde, serviço público que salva vidas e que o governo Bolsonaro quer acabar. Se você precisar de atendimento mais sério, você não vai ter. É por isso que estamos aqui. Vamos pressionar os 31 deputados federais até que todos digam que são contra", destacou.

 Esse discurso de corte de privilégios é uma balela, como já se vendeu anos atrás quando foi aprovada a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. Não vimos nenhuma melhora", afirmou Ramiro Lopes, diretor da Sintrajufe/RS.

Para o representante do Sindicato dos Servidores Municipais de Santa Rosa, Jonas Fusiger, a Reforma destrói a carreira de todos os servidores e favorece o clientelismo: "Se aprovada, para o trabalhador ter o seu emprego público precisa ser puxa saco de alguém. Precisamos ser fortes e lutar muito contra essa PEC e estamos dispostos a resistir".

Para Adalberto Klock, representante do Sindijus/RS, a Reforma é um grande retrocesso, o que torna difícil recuperar as perdas aos trabalhadores(as) brasileiros: "Venho aqui dizer da necessidade da luta aos trabalhadores brasileiros. Trata-se da destruição das instituições e do nosso patrimônio".


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