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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Manchetes absurdas

Esta semana, entusiasmado com o encontro entre Luiz Inácio da Silva, o Lula, e Ciro Gomes, o corrupto condenado José Dirceu faz um apelo pela união das esquerdas no país. A declaração do patife foi notícia em dois dos principais jornais brasileiros e em um canal televisivo. Chama a atenção que, no Brasil, declarações e opiniões de saqueadores do dinheiro público, condenados pela Justiça, inclusive por colegiado de desembargadores, ainda sejam manchetes na grande imprensa. Em qualquer país sério, tais atos seriam considerados absurdos. Aqui, não. Bandidos como, Ademar de Barros, Paulo Maluf, Lula, Dirceu e outros, são procurados pela mídia, sedenta de suas opiniões sobre os mais diversos assuntos. No Brasil, saqueadores de dinheiro público, mesmo que o produto tenha sido desviado da Saúde, da Educação, da Segurança, ainda são considerados "heróis", como e tais somas subtraídas destas pastas não ocasionassem morte e marginalização. Para mim, dar voz a estes seres abjetos é como dar voz às opiniões de Fernandinho Beira-Mar ou Marcola. 

Aliança para o retrocesso

Aliás, o encontro em busca da paz entre os dois "líderes" da esquerda nacional, Luiz Inácio da Silva, o Lula, e Ciro Gomes não entusiasmou só José Dirceu. Empresários e banqueiros corruptos, assim como muitos milhares de "aspones" que perderam seus cargos públicos, saudosos do estado de "casa da mãe Joana" que imperou durante os governos petistas, se encheram de esperança. Após a morte de Brizola, o PDT, que já então perdera grande parte de sua militância para os demais partidos de esquerda, sob o domínio do notório Carlos Lupi, tornou-se apenas um satélite esclerosado do PT. Com a filiação de Ciro Gomes, que já perambulara por praticamente todas as siglas - do extinto PDS ao PSDB - o PDT, com núcleos de subsistência apenas no interior do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, renasceu no Nordeste, fazendo inclusive governadores na região. Só que o partido tomou outra feição: a do caudilhismo da caatinga. Portanto, a aliança Lula/Ciro Gomes nada mais é do que o casamento do socialismo corrupto com o coronelismo obsoleto. Como diria o saudoso Roberto Campos, "A burrice não tem fronteiras ideológicas". 

Magoou

Esta semana, o site Intecept perdeu um de seus fundadores, o norte-americano radicado no Brasil, Glenn Edward Greenwald, - Verdevaldo, para os nacionalistas - cônjuge do deputado David Miranda. Verdevaldo teve um artigo, no qual denunciava malfeitos do candidato democrata Joe Biden e seu filho, censurado pelo jornal eletrônico, que abraçara com Unhas e dentes a campanha do candidato norte-americano. Magoado, pediu as contas. 

Pesquisas

Que os institutos de pesquisas brasileiros, volta e meia, eram feio nas suas projeções, nos já sabemos. Eu por exemplo, assisti a uma destas "barrigas". Hospedado na casa de um amigo em Porto Velho, Rondônia, durante o início da campanha política para as prefeituras brasileiras, convivi com a decepção deste, ex-promotor público e aspirante ao cargo de prefeito, com sua colocação nas pesquisas eleitorais dos então dois mais famosos institutos. Ocupava em quinto lugar. Mas, quando saía à rua com ele, a história era outra. Hildon era parado, cumprimentado e saudado pela população onde estivesse. Seu prestígio como promotor era grande: ajudara a desbaratar várias quadrilhas de ladrões de dinheiro público, da qual fizera parte inclusive um de seus adversários no pleito, em melhor colocação nas pesquisas. 

Voltei para Uruguaiana, mas segui acompanhando as pesquisas para a prefeitura daquela capital. Para minha tristeza, meu amigo não galgava nenhum degrau nas pesquisas, até às vésperas da eleição. Ao abrirem as urnas, Hildon fora o mais votado e, no segundo turno, deu um baile no adversário. Hoje, prefeito, concorre à reeleição com quase 20 pontos acima do segundo colocado, segundo os mesmo institutos que tentaram desmobilizá-lo em sua primeira eleição.

Mas, ao que parece, não é só aqui que tais pesquisas mostram-se erradas. Nas últimas duas eleições nos EUA, os erros foram ainda mais graves. Na eleição passada, erraram o candidato que obteria a vitória. Nesta última, erraram os resultados em quase todos os estados, trocando os vitoriosos de lugar. Um fiasco.

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