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Gabrielense participa da mostra

Biblioteca Pública do Estado expõe 'Não Se Lê Só Com Palavras'

Ana Zavadil assina a curadoria de "Não Se Lê Só Com Palavras", exposição de livros de 14 artistas - entre eles, a gabrielense Zulaine Santos - que integram o Grupo de Estudos em Arte Contemporânea, por ela orientado, que ocupa a sala de exposições da Biblioteca Pública do Estado (Riachuelo, 1190) até 28 de janeiro. Na programação da mostra, nesta quarta, dia 15, às 18h30min haverá uma conversa presencial, com a curadora e a artista Alexandra Eckert, sobre a produção de livros de artista. O encontro é gratuito e as vagas serão ocupadas por ordem de chegada. Não há a necessidade de inscrição. A visitação para a coletiva ocorre de segundas a sextas, das 10h às 19h.

"Durante o ano de 2021, por meio de aulas virtuais, eles leram textos teóricos sobre esta forma de arte e construíram seus livros que agora fazem parte desta exposição", explica Ana. "O lugar onde serão exibidos, na Biblioteca Pública do Estado do RS, não poderia ser melhor para receber estes livros arte, diferentes em suas compleições, mas que vão provocar um diálogo com os livros e coleções raras da biblioteca, completa. Durante a mostra, o público está convidado a interagir com os livros, em uma experiência multissensorial, uma vez que o formato de livro é ampliado em direções inesperadas. "A exposição foi pensada para ser experienciada, e essa experiência exige a participação do leitor", justifica a curadora.

No século XX houve um diálogo intenso entre as artes e literatura, em que os limites entre as duas ficaram diluídos, o que causou uma aproximação entre elas. A palavra e a imagem, juntas, acabaram por dar origem ao livro de artista. Os livros romperam as fronteiras da simples leitura para tornarem-se objetos de arte, configurando-se como uma nova linguagem.

As vanguardas artísticas do início do século XX trouxeram inovações pelos modernistas que usavam palavra e imagem. Mas foi entre as décadas de 1960 e 1970 que o livro de artista se estabelece de vez no mundo da arte. Ele veio questionar os espaços expositivos convencionais, como uma arte ao alcance de todos. Ele subverte a contemplação das obras de arte vinculadas aos museus e galerias. Agora ele pode e deve ser tocado e propõe uma experiência sinestésica com o espectador.

A curadora Ana Zavadil explica que este tipo de livro recebe vários nomes: "São chamados de livro-objeto, livro ilustrado, livro arte, foto-livro e outros. Não existe regras para este livro e, no que diz respeito ao tamanho, também varia muito no número de páginas, se tem só imagens, ou imagem e palavra. É livre! Podem nem ter o formato de um livro", observa.

Participantes:

Beatriz Harger - Joinville/SC

Clara Koppe - Caxias do Sul/RS

Gelson Soares - São Francisco de Paula/RS

Heloisa Biasuz - Vacaria/RS

Lisi Wendel - Crissiumal/RS

Marinelsa Geyer - Porto Alegre/RS

Mônica Furtado - Cachoeira do Sul/RS

Odilza Michelon- Caxias do Sul/ RS

Paola Mesquita - Porto Alegre/RS

Sandra kravetz - Porto Alegre /RS

Susan Mendes - Caxias do Sul/RS

Thiago Quadros - Caxias do Sul/RS

Vera Reichert - Não Me Toque/RS

Zulaine Santos - São Gabriel/RS

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