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Luzes & Sombras

A volta

A posse do agora presidente e ex-presidiário Luiz Inácio da Silva, o "Lula", foi digna de uma verdadeira republiqueta bananeira dos anos 60. Aproveitando-se do fato de que seu antecessor não lhe passaria a faixa presidencial por ter deixado o país (mostrando que jamais teve condições de liderar nada), demagogicamente optou por ser "empossado" por uma criança, um indígena, um negro, uma mulher e um gay, em mais uma demonstração de que pretende continuar com a política de dividir a população brasileira pela cor da pele e opção sexual. Segundo informações da imprensa de Brasília, os responsáveis pelo "espetáculo" da posse seriam Rosângela da Silva, a "Janja e o senador Randolfe Rodrigues. Mas, o ponto alto da posse, indiscutivelmente, foi o discurso messiânico de "Lula". Disse o mandatário, certamente já prevendo a catástrofe econômica e social que suas políticas demagógicas e irresponsáveis causarão, "estar assumindo um país destruído por um regime autoritário que dilapidou o patrimônio público". Na realidade, como bem disse o agora ex-vice-presidente, general Mourão em seu pronunciamento à nação, "o Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na Economia...". Para que tenhamos uma ideia do quanto isso é verdadeiro, basta observarmos os resultados da Bolsa de Valores, que costuma ser um termômetro do momento econômico dos países. Aqui no Brasil a Bolsa subiu 24,9% nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro. Este ano fomos exceção no mundo, com uma alta de 4,69%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 8,58% e na Europa o Euro Stoxx desabou 10,43% no mesmo período. A balança comercial brasileira registrou recorde em novembro para exportações. O saldo comercial foi superavitário em US$ 6,7 bilhões. As exportações somaram R$ 28,2 bilhões, o que representa alta de 30,5% em comparação a novembro de 2021. A corrente de comércio, também recorde para novembro, alcançou US$ 49,7 bilhões. Portanto, muito diferente do que ocorreu ao fim do governo de Dilma Rousseff, que entregou o país quebrado e com uma perda no Ibovespa de 23,87%, Bolsonaro, graças a sua equipe econômica, entrega para seu sucessor um dos únicos países do mundo em franco crescimento. Mesmo enfrentando o rombo financeiro gerado pelos governos petistas, a covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas "Lula" não parou por aí. Dando continuidade ao seu discurso fantasioso, acusou mais uma vez de genocídio o ex-presidente, responsabilizando-o pelos mortos de uma pandemia que acometeu o mundo. Não é justo, pois apesar da postura pessoal obscurantista de Bolsonaro, o Brasil foi um dos primeiros países a vacinar maciçamente a população. Em poucos meses ultrapassamos os países do bloco europeu e EUA em percentagem de vacinados, embora tenhamos uma população muito maior. O ex-ministro Teich (infelizmente de breve passagem pelo governo) realizou convênio com a Oxford/AstraZeneca (hoje o Brasil é um dos poucos países do mundo que fabrica esta vacina sem ter de importar insumos), que juntamente com o envasamento da vacina chinesa importada pelo ex-governador João Dória, nos permitiu tal feito. Hoje, temos índices vacinais superiores aos da Alemanha, EUA e França. Já o tal "Consórcio do Nordeste", cujos membros (governadores e aspones) hoje se amontoam no novo governo, importou respiradores que jamais foram entregues, teve que suspender a compra da Sputnik V - vacina jamais aprovada pela Anvisa - e realizou desvios do erário na compra de ventiladores pulmonares. Mas a cereja do bolo foi quando nosso herói afirmou que "o teto de gastos é uma estupidez que será revogada", deixando implícita sua crença na dicotomia entre política fiscal e social. Para ele e seu partido, atrelados ao atraso, o principal motor do crescimento segue sendo o consumo popular, assim como os grandes promotores dos investimentos são os bancos públicos e as estatais. "Caberá ao Estado trazer a indústria brasileira para o século 21", arrematou. Diante do pronunciamento de "Lula" e pelos nomes escolhidos para os inúmeros ministérios anunciados, somados ao fato de que aqueles que combateram a corrupção foram perseguidos e os corruptos levados de volta ao poder, já podemos ter uma ideia dos tempos que se avizinham. Só nos resta lamentar tal escolha do povo brasileiro.

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