​Embora muitos direitos dos trabalhadores ainda precisam ser ampliados, a comemoração do dia 1º de maio como o Dia do Trabalho ou do Trabalhador é uma data para celebrar as conquistas já alcançadas ao longo da história.
A data foi estabelecida em 1889 pela Segunda Internacional Socialista em um Congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda a Europa.
Ao escolher o 1º de maio como Dia do Trabalho, os participantes desse encontro prestaram uma homenagem aos operários de uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886, reivindicando a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Em 1924 a data foi oficializada no Brasil, e a partir do governo de Getúlio Vargas as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas.
Dentre as principais conquistas no Brasil tem-se: Carteira de Trabalho assinada, 13° salário, férias remuneradas, FGTS, seguro desemprego, licença maternidade, jornada de trabalho deve ser de 8 horas por dia e no máximo, 44 horas semanais.
Se observa que com a Pandemia surgem novos modelos.Antes de 2020, poucas empresas ofereciam o trabalho remoto (home office), agora se mantém o teletrabalho ou o formato híbrido.
Conforme estudo da FGV e consultoria de Robert Half, 47% das empresas pesquisadas irão abrir vagas neste ano de 2023. E a tendência que se apresenta está centralizada no diálogo entre o mercado corporativo e os profissionais, como:
a)investimento e qualificação dos trabalhadores - se as empresas não investirem em qualificação, elas podem perder os atuais talentos, pois 74% dos funcionários estão dispostos a deixar seu emprego;
b) trabalho híbrido e flexível - a empresa SODEXO de gestão de benefícios, apurou que 92% dos profissionais querem trabalhar remoto. As pessoas não querem se sentir gerenciadas e preferem evitar longos deslocamentos;
c) Saúde mental e bem-estar: para muitos trabalhadores o isolamento provocado pela Pandemia causou exaustão mental, a síndrome de burnout, a produtividade caiu, o que causou perdas financeiras para as empresas. 72% dos trabalhadores brasileiros preferem trabalhar em empresas que levam os temas a sério.
A pesquisa também revelou a tendência de mercado para as profissões, sendo:
a) Área da tecnologia: a área tech é o segmento com maior abertura de novas vagas. No Brasil, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais prevê a criação de 797 mil novas vagas até 2025. Os cargos mais procurados são devops, tech lead, cientista de dados, desenvolvedores (back e front end) e arquiteto de soluções. A média salarial é de 6 mil à 12 mil reais;
b) Engenharia: com novas formações como ESG - sustentabilidade, social, e de governança, vendas e tecnologia. Os mais procurados são: engenheiro de ESG, gerente de projetos/PMO, gerente de vendas técnicas, coordenador de S&OP, engenheiro de dados, engenheiro de softwares e gerente de supply chain. Com média salarial no Brasil de 7 mil até em torno de 30 mil reais para gerente de projetos.
c) Finanças e contabilidade: cargos como gerente de auditoria, controller, tesoureiro, analista de compliance, analista de fusões e aquisições, gerente de relacionamento private. São salários melhores remunerados, como de controller, chegando a 39 mil reais; os gerentes de auditoria em torno de 25 mil reais.
d) Jurídico: Uma das carreiras mais tradicionais no país é a advocacia, que está ganhando mais força. Há muitas vagas. Existem no Brasil em torno de 3 milhões de pessoas formadas em Direito. Se destacam cargos como: advogados especialistas em aquisição e fusão, advogados tributários, advogados especializados em contratos e advogados especializados em compliance e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O salário de especialistas em fusões e aquisições varia de R$ 13.200 e R$ 24.150, e a média salarial de um especialista em compliance é de R$10 mil reais.
O importante é saber que oportunidades existem e que o trabalho é muito mais que uma fonte de renda, é uma realização pessoal.