SÃO GABRIEL WEATHER

Peste Suína Clássica

RS completa sete anos como zona livre de Peste Suína Clássica

O Rio Grande do Sul comemora sete anos de certificação internacional como zona livre de Peste Suína Clássica. O status foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em 29/05/2015. O último foco da doença no Estado ocorreu em 1991. Atualmente, além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, existem outras duas zonas livres no Brasil que, juntas, representam cerca de 83% do rebanho suíno brasileiro, e uma zona não livre.

Ao longo dos anos, inúmeras ações têm sido desenvolvidas para assegurar este patamar sanitário. "A reintrodução da doença causaria severos impactos sanitários e socioeconômicos, seja pelas perdas diretas ou pelas restrições comerciais impostas a produtos oriundos de área não livre da doença, por isso a prevenção e a notificação de casos suspeitos são tão importantes", destaca a fiscal estadual agropecuária Juliane Galvani, do Programa Estadual de Sanidade Suídea (PNSS).

No Rio Grande do Sul, as ações de defesa sanitária animal são de responsabilidade do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDA/Seapdr). "As ações do Estado, as quais resultaram na conquista do status de zona livre de PSC, são decorrentes de programas de políticas federais e estaduais, e têm como base a vigilância, o monitoramento e a inspeção sanitária, de acordo com os parâmetros técnicos recomendados pelos organismos nacionais e internacionais, de forma a promover a sanidade do rebanho suíno gaúcho", explica Juliane.

As atividades incluem a melhoria constante dos cadastros de propriedades e rebanhos, a vigilância ativa e passiva em propriedades rurais, o acompanhamento e a fiscalização da certificação de granjas de suínos reprodutores, a vigilância sorológica para PSC em suínos domésticos e asselvajados (javalis), a revisão de aterros e lixões para evitar a presença de suínos domésticos e asselvajados, a fiscalização de trânsito e a execução de barreiras sanitárias, bem como a educação sanitária de produtores e dos agentes de manejo populacional de suídeos asselvajados.

De acordo com Juliane, a manutenção do status de livre para PSC não cabe apenas à Secretaria da Agricultura. "Para que tenhamos sucesso neste sentido, as responsabilidades são público-privadas compartilhadas, onde cada ator (Serviços Veterinários Oficiais Estaduais e Federais, produtores rurais, médicos veterinários privados, indústrias e agroindústrias de produtos suínos e integradoras) tem o seu papel na prevenção da reintrodução da PSC no Estado", afirma.

Histórico

As atividades de defesa sanitária animal na primeira Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC), formada pelos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são realizadas desde a década de 1960, mas se intensificaram a partir da regulamentação dos Órgãos Executores Estaduais, acompanhadas de aplicações de recursos financeiros e incrementos das atividades técnicas que permitiram o avanço na estruturação e na qualidade dos serviços veterinários.

Houve a ampliação da quantidade e da estrutura das unidades locais, além da contratação de veterinários, auxiliares técnicos e administrativos. A adequação na estrutura permitiu a intensificação das atividades de vigilância e fiscalização, melhorias dos cadastros de propriedades e rebanhos, e a declaração nacional dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina como livres de peste suína clássica em 1994. Em 2015, houve o reconhecimento internacional desses estados como Zona Livre de PSC pela OIE.

O que é a Peste Suína Clássica (PSC)

A PSC é uma doença de notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) de qualquer caso suspeito. Ela pode ser causada por vírus (Pestivirus) que afeta suínos e javalis.

Os animais doentes podem apresentar-se apáticos, amontoados, com febre alta (40,5ºC a 42 ºC), falta de coordenação, queda dos posteriores, manchas vermelhas ou roxas na pele e extremidades (orelhas, membros, focinho e cauda), conjuntivite e alta mortalidade.

A transmissão é feita através do contato direto entre animais doentes e animais sadios, de alimentos contaminados, pois o vírus pode sobreviver por meses na carne fresca, linguiça, salame e outros e de veículos transportadores de suínos, seus produtos e subprodutos, como carne fresca, linguiça, salame e outros. De acordo com Juliane, "o fornecimento de restos de alimentos contaminados com o vírus aos suínos, sem tratamento térmico, é a forma de introdução da doença mais comum em países ou zonas livres".

Atualmente, segundo extração do Sistema de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, o Rio Grande do Sul possui um rebanho de 6.630.461 suínos.

Profissionalização é fundamental para a atividade Anterior

Profissionalização é fundamental para a atividade

Fórum celebra um ano do RS como zona livre de febre aftosa sem vacinação Próximo

Fórum celebra um ano do RS como zona livre de febre aftosa sem vacinação

Deixe seu comentário