SÃO GABRIEL WEATHER

Cátia Liczbinski

O voto consciente e as fake news

"[...] o voto é o sucessor justo e pacífico das balas; então quando o voto decide de maneira justa e constitucional, não haverá sucesso em apelar novamente para as balas [...]" (Abraham Lincoln)

O exercício do voto por parte do eleitor significa o exercício da cidadania, se refere a um direito e dever do mesmo que escolherá seus representantes responsáveis por fazerem as leis que ele irá cumprir. Além das leis, os políticos eleitos devem realizar as políticas públicas necessárias para a dignidade da vida das pessoas, como saúde, educação, moradia, trabalho e renda. Por isso o voto consciente é de tamanha importância sem que haja a influência do senso comum e da Fake News.

Votar consciente significa realizar escolhas, tomar a sua própria decisão do voto a partir do conhecimento das informações verdadeiras e adequadas sobre o candidato e o partido que ele representa. Ter o conhecimento da sua índole moral, da ideologia partidária e os projetos que pretende realizar, pois o candidato assumirá um cargo público e representa a vontade do eleitor que o elegeu.

Ao analisar em quem o eleitor dará seu voto, deve-se pensar na coletividade, nas propostas que auxiliam a sociedade, que não privilegiam vantagens pessoais e que evidenciem que determinada candidata ou candidato esteja mais próximo de ser um representante responsável para o interesse público seguindo as leis.

Durante a escolha do candidato, deve-se observar alguns pontos para o voto consciente. Em relação ao Deputado estadual, estes representam o povo na Assembleia Legislativa, criando leis estaduais. O Deputado Federal é o representante na esfera federal. Ele elabora leis de abrangência nacional e fiscaliza os atos do presidente da República.

Referente a questão orçamentária como liberação de valores para os Estados, o responsável é o Senador. Ele representa o estado, faz leis e fiscaliza o Poder Executivo.

O Governador exerce o Poder Executivo na esfera dos estados e do Distrito Federal, representa a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. E o Presidente da República governa e administra os interesses públicos da nação.

Com esse conhecimento e os cuidados necessários em relação ao senso comum é possível votar conscientemente.

Parte das pessoas não buscam informações diretamente nas fontes oficiais de notícias, como no Tribunal Superior Eleitoral e toda a cautela com as Fake News é necessária para um voto mais representativo. Um grande entrave para o esclarecimento e decisão do eleitor são as Fake News presentes nos meios de comunicação nas redes sociais como Facebook, Instagram, Telegrama, Twitter. A desinformação, com propaganda ou conteúdo impreciso e manipulado pode ser disseminado e "espalhado" intencionalmente para induzir o cidadão ao erro.

As Fake News, disseminam informações erradas. Estas têm a possibilidade de validação e a internet tornou-se um importante veículo para a difusão de sites e portais hiper partidarizados. Como exemplo, estes ambientes digitais foram decisivos como na eleição do Trump e no ecossistema brasileiro, ao exercer forte influência na eleição de 2018. O resultado das Fake News, nas eleições, é a produção de conteúdos duvidosos que impossibilitam uma escolha consciente e conforme a realidade.

O combate à desinformação e a falta de ética no processo político eleitoral implica na eleição de políticos que efetivamente não representam a sociedade. Os propagadores de Fake News precisam ser denunciados e punidos, pois estão se aproveitando da passividade de seus leitores para disseminar desinformação.

Se a sociedade deseja mudanças, precisa refletir sobre a responsabilidade do seu voto que dará a administração do País por mais 4 anos. Sem dúvida serão eleições marcadas por Fake News e grandes poderes influenciadores como a mídia, porém é nosso dever não permitir que as notícias falsas sejam representativas.

Será um grande desafio para o eleitor, que não está satisfeito com tanto dinheiro público utilizado em prol dos interesses pessoais dos políticos, e que poderiam ser aplicados em melhorias para toda a sociedade. A chamada "Democracia" custa caro em um país com tantas necessidades. Esperam-se mudanças. 

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